Todas nós mães de adolescentes já fomos adolescentes, (nossa Michele que coisa mais óbvia!). Porém isto não nos basta para dizer: eu sei como lidar com meu filho(a), nesta fase onde ocorrem tantas transições. Até algum tempo atras seu filho(a) acordava e dizia: bom dia, mamãe, de repente ele diz: BOM DIA. Já imaginamos que é pessoal e então se deixarmos a paranóia toma conta. Tudo bem que isto ocorre por causa de todas as mudanças desta fase mas vamos devagar, antes dos hormônios vem a educação e o respeito.
Tudo hoje em dia anda muito avançado, a garotada acha que já sabe de tudo, e as vezes nós mesmos fazemos com que eles pensem que já sabem o suficiente para o resto da vida. Não que vamos falar gritando: QUEM MANDA AQUI SOU EU, GAROTO(A)! Afinal se queremos respeito é preciso respeitarmos primeiro. Mas que fique bem claro que a última palavra será nossa. Quanto a sair, comprar algo e mesmo que eles fiquem chiando como diz minha mãe, vão ter que aceitar. Esses dias fui à uma reunião na escola do meu filho caçula e a palestrante disse que, havia perdido as contas de quantas mães dizem para a escola dar um jeito nos filhos pois elas já não sabem mais o que fazer. Na maioria das vezes estes filhos tem entre 4 e 6 anos, imagine então quando forem adolescentes? Existem vários tipos de profissionais, que podem nos auxiliar no relacionamento com nossos filhos, quando a situação é complicada, e é imprescindível que procuremos sim esta ajuda. Neste auxílio podem estar incluídos, psicólogos, a diretoria da escola desde que seja para ajudar e não para assumir o papel da mãe, pois educação tem que vir de casa. E até mesmo uma ajuda espiritual. É nosso dever como educadores estarmos presentes na vida de nossos filhos e buscar o melhor para ajudá-los quando necessário. Eles podem ser super inteligentes, demonstrarem que são capazes, mas é preciso que estejamos sempre cientes de onde estão, com quem estão e claro o que foram fazer.Não saberemos tudo pois não estaremos 24 horas com eles, e também porque eles não irão contar 100% do que fizerem, vão preferir dividir boa parte com os amigos (ah! mas eu sou amiga do meu filho), você contava tudo para sua mãe? Então, não espere que seu filho(a) te conte. Não podemos ter medo e nem sentir culpa em sermos firmes com nossos filhos, pois se não exercermos este papel a vida exercerá e as vezes de uma forma triste. Tem um ditado que diz: é melhor que eles chorem agora,do que nós (pais) mais tarde. Muitos dos nãos que dizemos na verdade nos machucam, pois se fosse possível daríamos um mundo de maravilhas para nossos bens mais preciosos. Porém nem assim eles estariam satisfeitos. A única certeza é a de que se não assumirmos nosso papel, alguém ou a própria vida assumirá só que, sem o seu amor de mãe.
Filhos geralmente nos pedem limites, mandando recados com códigos que nós devemos decifrar pois eles não dizem claramente. O jeito é, estarmos próximos deles não só fisicamente o que lógico é muito importante, sendo que respeitando também o espaço e o momento em que preferem ficar sozinhos, mas próximos de seus pensamentos e dúvidas por exemplo. Que possamos estabelecer um diálogo livre para todas as questões, porém, onde também fique bem claro o papel de cada um. Pode até ser uma relação aparentemente complicada dependendo do caso, mas também será única onde pais e filhos poderão ter a rica experiência de viverem momentos que farão toda a diferença no futuro e de preferencia no presente. Exatamente por existirem as diferenças de pensamentos, épocas, desejos, metas, enfim inúmeros motivos é que esta relação torna-se interessante, as vezes desafiadora, mas nós somos movidos a desafios diários não é mesmo? Lembrando que, uma boa dose de amor com uma pitada de limites ou vice-versa dependendo do momento é o que devemos usar. Pois como já se sabe, quem ama cuida!
Boa Sorte á nós, mães desta turminha querida!
Beijos e até a próxima!
Michele.
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